Fonte/Imagem: Divulgação internet |
comercialização de café, e ainda mantêm, por exemplo, significativa dependência da produção e exportação de commodities¹.
Mesmo após a proclamação da independência, observa-se nos escritos de Lacerda et. al. (2010), que se mantiveram nas entrelinhas, práticas econômicas, reflexos de uma série de acontecimentos de ordem histórica, econômica e social. Trata-se de uma economia inicialmente dependente estritamente da produção de gêneros agrícolas e de produtos matéria-prima, voltadosà exportação. Tal realidade apenas começa a se alterar a partir de meados dos anos de 1930, com o início do processo de industrialização.
Segundo Lacerda et al (2010) a história da economia brasileira pode ser dividida em duas etapas: 1ª) O período Mercantil, constituído pelas relações econômicas adotadas do período colonial até 1930. Este pode ser analisado sob duas fases: a colonial que abrange os ciclos da cana de açúcar e do ouro, ocorrida entre os séculos XVII e XVIII, e a primário-exportadora, momento em que se inicia uma significativa produção e comercialização de café com os demais países. É neste período que acontece a ascensão da burguesia cafeeira, que passa, a partir de então, a influenciar diretamente nas políticas econômicas do país; 2ª) Período Industrial, adotado de 1930 até os dias atuais, demarcado como um conjunto de mudanças políticas, econômicas e estruturais, que objetivou implantar um processo de desenvolvimento baseado na instalação e fortalecimento de indústrias em solo nacional brasileiro, tendo em vista elevar o país a um patamar de desenvolvimento econômico comparado às demais nações mundiais.
Durante todo o período colonial brasileiro, o Espírito Santo foi mantido, como narra Caliman (2012), à margem dos principais ciclos econômicos. O Estado apenas entra em sintonia de maneira mais expressiva com a dinâmica econômica brasileira, como pontua a autora, a partir do séc. XIX (fase final do período mercantil). Momento em que a produção cafeeira assume singular relevância no contexto da produção e comercialização brasileira no mercado internacional. E este retardo, em relação a outros estados, se refletiu também em seu processo de instalação de indústrias.
Conforme disposto em Lacerda et. al.(2010), no Brasil, o processo de instalação de indústrias se inicia em meados dos anos de 1930 e 1940. No entanto, o Espírito Santo, até o início dos anos 50, ainda tinha sua renda baseada basicamente na produção de gêneros agrícolas. De acordo com o próprio Movimento Empresarial Capixaba (2002 apud IGLESIAS s/d² ), a produção do café representava 30% (um terço) de toda a renda capixaba. Fator este que, influenciava inclusive, diretamente na própria lógica das atividades urbanas do estado que eram basicamente voltadas a comercialização e o beneficiamento do produto da região.
E mesmo diante os movimentos nacionais relatados por Lacerda et. al.(2010), no sentido de se romper com esta lógica de dependência da produção agrícola, ocorridos a partir de 1930 no Brasil, visando implantar uma série de políticas econômicas que possibilitasse ao país um desenvolvimento industrial pleno, a economia e a infra-estrutura espírito-santense apenas começa a ser impactada diretamente por tais projetos nacionais, mais de 20 anos após, a partir de meados dos anos de 1956, com o Plano de Metas proposto por Juscelino Kubitschek (JK). Plano este, que ao contrário do caráter nacionalista adotado por Getúlio Vargas, aceitava e estimulava veementemente a chegada do capital externo no país.
A partir de então, o estado passa a ser impactado diretamente com uma série de mudanças de ordem econômica, que por conseqüência, também refletem diretamente em uma série de questões sociais.
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¹Produtos "in natura", cultivados ou de extração mineral, que podem ser estocados por certo tempo sem perda sensível de sua qualidade, como suco de laranja congelado, soja, trigo, bauxita, prata ou ouro.
² Utiliza-se o código S/D (sem data) para referir-se aos estudos em que não foi possível identificar claramente a data de publicação.
BRITO, Fausto. O deslocamento da população brasileira para as metrópoles. Estudos avançados, São Paulo, v. 20, n. 57. Maio/ Ago. de 2006. (Scielo Brasil). Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142006000200017&script=sci_arttext>
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