quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

16 leituras para este início de 2016: Temáticas relacionadas as relações etnicorraciais

Imagem/Fonte: divulgação internet
Que tal iniciar o ano de 2016 com uma boa leitura? E se de lambuja, você ainda se atualizar acerca de algumas questões que estão em pauta na área dos estudos das relações etnicorraciais? Bem, pensando nisso, resolvi listar 16 dicas super interessantes. Confira:

1. Orientações raça cor:

"A cartilha “Orientações para a Qualificação do Quesito ‘Cor ou Raça’ no Censo da Educação Superior” foi lançada pela Seppir em 2015 com o objetivo fornecer argumentos que subsidiem dirigentes e pesquisadores das instituições sobre a importância da coleta adequada do item. Além disso, a publicação enumera orientações que pretendem contribuir para o aprimoramento das pesquisas. "

2. “O Povo Brasileiro – A Formação e o Sentido do Brasil” - Darcy Ribeiro

"Trata-se de uma tentativa de tornar compreensível, por meio de uma explanação histórico-antropológica, como os brasileiros se vieram fazendo a si mesmos para serem o que hoje somos. Uma nova Roma, lavada em sangue negro e sangue índio, destinada a criar uma esplêndida civilização, mestiça e tropical, mais alegre, porque mais sofrida, e melhor, porque assentada na mais bela província da Terra."

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3. "Etnocentrismo, estereótipos, estigmas, preconceito e discriminação"  - Bianca Wild

"Cada grupo social tende a adotar determinada postura frente ao outro, essa seria justamente sua forma de representação. A afirmação social de uma representação tem como base fundamental a ação e a comunicação. Ela encadeia pensamento e linguagem o que permite a compreensão do mundo e assimilação das relações que nele se estabelecem.Para compreendermos quem somos em grupo, como coletividade, ou quem somos individualmente, como indivíduos, dependemos da interpretação e do reconhecimento que nos é dado pelos outros. “Ninguém pode edificar a sua própria identidade independentemente das identificações que os outros fazem dele” Habermas (1983). "


4. "Torna-se Negro"  - Neusa Santos Souza

"Este livro procura romper a precariedade de estudos sobre a vida emocional dos negros. Diante da flácida omissão com que a teoria psicanalítica tem tratado esse assunto, a autora apresenta reflexões profundas e inquietantes sobre o custo emocional da sujeição, da negação da própria cultura e do próprio corpo. O negro que se empenha na conquista da ascensão social paga o preço do massacre de sua identidade, tomando o branco como modelo de identificação." (Jurandir Freire Costa )

5. "RACISMO & SOCIEDADE" - Carlos Moore

"Neste livro, [Carlos Moore] faz um apanhado histórico e uma análise apurada das questões contemporâneas que dizem respeito ao racismo. Dispensando o foco tradicional sobre a chamada “questão do negro”, ele aprofunda a história do racismo e a construção das bases das relações raciais contemporâneas. Seu estudo situa essas relações no contexto da história mundial e no desenvolvimento da espécie humana.  Este livro é leitura obrigatória para as pessoas interessadas na questão das relações raciais." Via: IPEAFRO

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6. Como A Europa Subdesenvolveu A África - Walter Rodney 

"Fala de como a Europa subdesenvolveu o Continente Africano em benefício próprio, a África que já era vista de maneira preconceituoso pela Europa, foi saqueada em seus recursos humanos e posteriormente em seus recursos naturais pelos países europeus."

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7. "Tecnologia Africana na Formação Brasileira" - Henrique Cunha Junior

"Ao publicar Tecnologia Africana na Formação Brasileira, do prof. Dr. Henrique Cunha Junior, prosseguimos com a divulgação da história de nossas raízes, que sistematicamente nos foi negada ou manipulada de acordo com os interesses eurocentristas de quem a escrevia, se “esquecendo” de narrar acontecimentos inteiros da presença e contribuição negro-africana na formação do Brasil. É um olhar sobre o berço da humanidade: a África. Continente formado por dezenas de povos distintos, que direta e/ou indiretamente influíram na formação desta nação, a despeito da sanha colonizadora portuguesa que resultou em séculos de escravização. Além do conteúdo específico do tema, nas páginas finais de cada volume, os Cadernos CEAP contêm um roteiro para trabalhos pedagógicos que permite aos educadores muitas alternativas de exploração do material em sala de aula."

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8. "A África na Escola Brasileira" - (Org.) Elisa Larkin Nascimento 

"Neste pequeno volume, apresentamos um resumo dos temas abordados no fórum [sobre o Ensino da História das civilizações Africanas na Escola Pública] e as suas conclusões, na forma de sugestões concretas de ações para introdução da material no ensino básico. Na primeira parte, "Fundamentos da Proposta", fazemos algumas observações sobre seus antecedentes e a sua inserção no contexto de uma orientação pedagógica atual. Na segunda parte, "Conteúdos Teóricos", esboçamos algumas observações de natureza histórica e teórica que orientas as discursões e as propostas articuladas no âmbito do fórum. Na terceira parte, relatamos as propostas concretas de ações pedagógica emergentes no desenrolar das discursões. Finalmente, nos "Apêndices", reproduzimos alguns dos documentos que o fórum examinou ou discutiu." 

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9. Pouca presença de negros na TV contribui para racismo na infância, dizem especialistas 

"Apesar de pouco discutido, o racismo na infância e nas escolas existe e precisa ser enfrentado, na opinião de professores e especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Eles destacam a pouca representação de crianças negras nos meios de comunicação como uma das causas do problema. "

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10. HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA JULIANO MOREIRA 1873 – 1933

"Juliano era múltiplo. Foi médico, tropicalista, dermatólogo, sifilógrafo, alienista, psicólogo, naturalista e historiador da Medicina. Sob qualquer ângulo que examinamos a história de Juliano Moreira, ela é extraordinária. Quem poderia imaginar tão brilhante carreira para um menino negro nascido e 6 de janeiro de 1873, na cidade de Salvador, Bahia, no Bairro da Sé. Criado pela mãe, foi reconhecido mais tarde pelo pai. Começou a estudar no Colégio D. Pedro II e depois no Liceu Provincial. Entrou cedo para a Faculdade de Medicina (1886) e formou-se com 18 anos, em vésperas de completar 19, em 1891. Durante o curso e sempre através de concursos, foi interno da Cadeira de Moléstias Cutâneas e Preparador de Anatomia Médico-Cirúrgica. Sua tese de doutoramento foi sobre Etiologia da Sífilis Maligna Precoce. (Segundo Afrânio, essa Tese mereceu honrosas referências do sifilógrafo Buret e do neurólogo Raymond)."

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11. No País do Racismo Institucional

"A obra é a primeira exclusivamente sobre o tema no Brasil, poucas coisas se têm escritas e reunidas sobre o assunto. A base de pesquisa foi feita por meio de vasta bibliografia, artigos e dados recentes, além de entrevistas com os membros do GT Racismo do MPPE – Ministério Público de Pernambuco e atores externos que trabalham com o tema racial. Está divida em seis capítulos: a naturalização do preconceito racial; a criminalização de uma cor; ensino e cor da pele; saúde, vida e morte; casa cor: terras quilombolas e terreiros; o GT Racismo por ele mesmo."

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12. "SITUAÇÃO SOCIAL DA POPULAÇÃO NEGRA POR ESTADO

O livro apresenta "os principais resultados do estudo que usou como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2001 e 2012. A pesquisa levou em consideração quatro aspectos: características fundamentais das famílias; escolaridade; seguridade social; trabalho e renda da população negra em comparação com a branca. Os dados apontaram que, em relação ao salário, a população negra continua recebendo menos que a população branca."

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13. CARTILHA: O Impacto do Racismo na Infância 

"Seria possível uma infância sem racismo? Seria possível termos todas as crianças de até 1 ano de idade sobrevivendo? Seria possível um Brasil com todas as crianças – sem faltar nenhuma delas – tendo seu nome de família assegurado no registro civil de nascimento? Seria possível termos todas as crianças – sem faltar nenhuma delas – com acesso a educação integral? Seria possível termos todas as crianças livres dos efeitos da discriminação racial?"

14. Raça Novas Perspectivas Antropologias 

"Este livro, pensado como um aporte ao debate assim como ferramenta para o ensino, sobretudo em nível de graduação, tenta lidar, sem nenhuma pretensão de completude, com uma série de desafios proporcionados por esta nova fase da sociedade brasileira, onde, talvez pela primeira vez e obviamente de forma contraditória, ser índio e negro deixa de ser ônus para se tornar, às vezes, até bônus. Neste contexto contar a cor é imediatamente político, porque pode estar associado a uma redistribuição de recursos e pensar em educação inspirada por algum multiculturalismo, com indica a Lei federal n. 10.639, obriga os antropólogos a refletir sobre vantagens e desvantagens do uso, em determinado contextos, de certas categorias, como etnicidade, raça, índio, negro ou afrodescendente e quilombola."  Trecho do Prefácio Livio Sansone 

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15. As políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil 120 anos após a abolição

“Nos capítulos que compõem este livro, o leitor terá a oportunidade de se confrontar com a temática racial sob diferentes ângulos. Em um primeiro momento, serão apresentadas análises sobre os condicionantes históricos que informam a atual conformação do mercado de trabalho no país, assim como de nossa difícil trajetória no sentido do reconhecimento da discriminação racial como mecanismo que efetivamente opera na distribuição de posições e oportunidades na sociedade brasileira. Nesse sentido, também será apresentada a evolução das abordagens da questão racial em voga na academia brasileira a partir da segunda metade do século passado. O trabalho evolui para a apresentação de alguns dados recentes da PNAD, que permitem identificar alterações na situação da desigualdade racial no Brasil e passa, finalmente, para uma avaliação das políticas públicas desenvolvidas a partir dos anos 90." MÁRCIO POCHMANN

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16. Racismo na infância: terreno fértil para a violência


"Crianças que nascem já estigmatizadas por sua cor da pele, pelo local em que moram e pelos lugares onde estudam têm poucos exemplos que as representem. Alie isso a zero incentivo e temos bombas-relógio. Logo, temos um duplo problema aí: falta de representatividade em diversas áreas de atuação e o reflexo da falta de acesso à educação e opções de carreiras para crianças negras."

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Boa leitura!

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