terça-feira, 22 de março de 2016

Guerra pela água gera violência em diversas partes do Espírito Santo

Fonte/Imagem: Gazeta Online
A reportagem é de Patrick Camporez, com fotografias de Marcelo Prest. Trata-se de um material riquíssimo do ponto de vista pedagógico! Vale a pena conferir!

Leia a reportagem na íntegra em http://especiais.gazetaonline.com.br/guerrapelaagua.

[...] 
Um terço do território do Espírito Santo virou campo de batalha por água. Numa área equivalente a 150 vezes a cidade de Vitória, a má gestão dos recursos hídricos leva as pessoas ao extremo de matar ou morrer na tentativa de sugar o maior volume possível dos mananciais. Cinco mortes em disputas por água foram registradas nos últimos cinco anos, apenas nos municípios onde a reportagem esteve. Pelo mesmo motivo, uma sexta vítima foi baleada, mas sobreviveu, e outra foi esfaqueada.

Como a irrigação agrícola já consome 85% da água disponível para uso, os conflitos se alastram com maior intensidade no interior.
Somente em 2014 e 2015, 768 situações de disputa precisaram ser resolvidas com a intervenção da polícia e da Justiça. Em Nova Venécia, no Noroeste, 31 casos de privatização ilegal da água foram judicializados no ano passado. No mês de outubro, o assassinato de um produtor rural ajudou a aumentar o clima de tensão na cidade. [...]

[...] Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), pelo menos 30 municípios têm áreas de vulnerabilidade hídrica. As brigas acontecem quando um produtor constrói poços, barragens e desvios de rio sem autorização, impedindo que a água chegue à propriedade seguinte. No último ano, delegacias de pelo menos 20 municípios registraram situações de ameaça entre produtores. “O vizinho diz: ‘libera a água ou você vai ver o que vai acontecer.’ Um quer pegar a água do outro”, conta o investigador de Mimoso do Sul, Luciano Amorim. Apesar de a maior parte das ocorrências envolver irrigação, a “guerra pela água” também põe em confronto diferentes forças produtivas. As relações ficam acirradas quando a vazão dos rios e córregos deixa de ser suficiente para atender a todos os usuários das bacias, opondo agricultores, indústrias, agentes de abastecimento e outro usuários. [...]


Fonte/imagem: Gazeta Online

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